CEMEB SÃO MIGUEL
CEMEB SÃO MIGUEL

HISTÓRICO DA UNIDADE


A identidade de uma escola não é outorgada de fora e nem se faz no abstrato, mas construída pela ação das pessoas que ali vivem. A autonomia por sua vez, será exercitada ao se perseguirem objetivos claramente definidos”. (Penin, 2001, p.40).


          A História da escola Municipal de Ensino Fundamental “CEMEB São Miguel Arcanjo” iniciou-se em 21/03/1995 quando esta foi inaugurada. Nesta época recebeu o nome de EMEI – Pré - Primária “São Miguel Arcanjo” e tinha como objetivo atender crianças do ensino infantil.

          Em 04/05/1998, com o decreto 2.518, foi autorizada a instalação de classes para o ensino fundamental, o que alterou a denominação da escola para “EMEF SÃO MIGUEL ARCANJO”. No contexto desta ampliação, a escola passou a funcionar, em 1999, sem que fossem terminadas as obras de ampliação, o que acarretou em um atendimento precário a população, tanto por sua infra-estrutura, quanto em materiais de apoio pedagógico e administrativo, pois a demanda era bem maior do que os recursos disponíveis.

          Além da alta densidade demográfica da região norte do município de Várzea Paulista, onde está localizada essa Unidade de Ensino, existem outros pontos que constituem este desproporcional crescimento entre a demanda escolar da comunidade e a estrutura física, pedagógica e administrativa da CEMEB São Miguel Arcanjo, constituindo o cenário onde sua história se desenvolve: a iniciar pela inclusão dos primeiros e segundos anos do ensino fundamental, pela municipalização do ensino de primeira a quarta série e a atual implantação do ensino de oito anos.

          No ano de 1999 a EMEF São Miguel Arcanjo passa a atender, além da educação infantil, alunos de 1ª e 2ª série do ensino fundamental, no entanto não havia na Unidade uma equipe de gestão e o quadro de funcionários de apoio era insuficiente, sendo que toda parte administrativa, emissão de históricos, cadastramento de alunos, atas, controle de freqüência, declarações e etc eram expedidas pela Secretaria Municipal de Educação.

           No entanto, a escola não deixou de ser uma importante conquista dos bairros e loteamentos próximos que, não contando com equipamentos públicos de educação nas proximidades, criaram uma forte demanda nas escolas da região, pressionando assim, o poder público municipal e estadual a ampliar o número de escolas.

          Em 2005 foram iniciadas, em nossa unidade, novas obras de ampliação com a construção de mais quatro salas devido à municipalização do ensino, quando o Estado encerrou o atendimento de forma gradativa aos alunos de primeira a quarta série do ensino fundamental, gerando uma nova demanda para a rede municipal de ensino.

          No ano de 2008 a rede municipal de Várzea Paulista, por determinação do governo federal, ampliou o ensino fundamental de oito para nove anos, o que significava que as crianças, a partir de seis anos, também ingressariam nessa etapa da educação básica. Esta determinação surge com o objetivo de cumprir a meta do Plano Nacional de Educação, expressa na Lei federal 10.172/2001, de efetivação do ensino fundamental de nove anos.

         Deste modo, o poder público na esfera federal aprovou as leis 11.114/2005 que obriga o ingresso das crianças de seis anos no ensino fundamental e a 11.274/2006 que amplia o ensino fundamental de oito para nove anos. Nesse sentido, a implantação do ensino fundamental de nove anos é uma determinação que todos os municípios e estados estão tendo que executar, constituindo assim um novo cenário para a construção da identidade e história da nossa escola.

          Estas crescentes demandas levaram a ampliação ainda não suficiente da nossa escola, que em 2009, passou a contar com 18 salas de aulas, sendo distribuídas em dois pavimentos com a metragem de 28 a 35 m², que recebem hoje, em 2012, de 25 a 31 alunos, o que proporcionalmente compromete, por exemplo, a mudança da configuração das carteiras no sentido de dinamizar a formação de grupos em algumas práticas pedagógicas e também compromete a circulação dos alunos e professores pela a sala de aula.

         Por conta das limitações físicas, que não estão restritas somente as salas de aula, as dependências da escola estão constantemente sendo adaptadas para dar espaço para outros locais, no sentido de ampliar o atendimento aos alunos em salas de aula. Desta forma, de 2011 a 2012, a sala de informática foi ampliada, no entanto, perdemos uma sala organizada, no ano de 2008, para exibição de vídeo, reuniões e desenvolvimento de projetos, para poder atender a crescente demanda por novas turmas de alunos, que não é proporcional as dependências físicas da nossa unidade escolar.

          Mesmo diante de dificuldades como estas, de obstáculos e lacunas no desenvolvimento do processo educacional em nossa unidade, a história e a identidade desta escola são tecidas diante dos anos, construídas pelos alunos, pais, professores e funcionários, atores cada qual com o seu papel, com seu valor, que mesmo diante de entraves de diversas ordens, sabe que sempre se tem mais uma página para escrever, do qual só se dará conta a partir da cooperação, sendo o seu teor, fruto do trabalho coletivo, considerando que

 

“A educação autêntica, [...], não se faz de A para B, ou de A sobre B, mas de A com B, mediatizados pelo mundo. Mundo que impressiona e desafia a uns e a outros, originando visões ou pontos de vista sobre ele. Visões impregnadas de anseios, de dúvidas, de esperanças ou desesperanças que implicitam temas significativos, à base dos quais se constituirá o conteúdo programático da educação”. (Paulo Freire).


          Mundo este transpassado por processos de limites e possibilidades, no qual protagonizam pessoas que compõe   esta história viva, onde cada um encontra o seu espaço e um modo de atuar sobre ele se fazendo história.